As minhas maiores felicitações. Espero que o Público vá aumentando o seu espaço dedicado à ciência, fruto do seu excelente trabalho que já sigo há vários anos.
Embora um pouco fora do tempo vou dar a minha opinião sobre esta questão. A mim parece-me que se está a dar demasiada importância ao genoma e à sua sequenciação. Não quer dizer que não tenha alguma. Mas penso que há elementos mais decisivos no que toca à causa das doenças mais importantes, isto é, as doenças genéticas crónicas e progressivamente degenerativas e causadoras de morte, como o cancro. As mutações genéticas causadoras de doenças crónicas, parece-me são realizadas por vírus do tipo herpes, extremamente pequenos e que penetram facilmente no núcleo da célula, modificando os oncogenes, por exemplo, no sentido de as células se tornarem imortais e dando origem às neoplasias. Normalmente os oncogenes tratam da morte da célula no momento adequado. No que toca ao genoma estamos ainda numa fase bastante inicial para se poderem tirar conclusões seguras. Na passagem dos dez anos sobre a sequenciação do genoma li um comentário sobre um artigo publicado no New York Times, lembrando a efeméride, onde se afirmava que se descobriram os signos dum alfabeto, mas desconhecia-se o funcionamento da sua gramática.
De qualquer modo, a Ana merece consideração e estima pela sua postura de curiosidade e de vanguarda ao promover o conhecimento e possível interpretação do seu genoma.
A minha viagem aos meus genes começou com um teste ao meu ADN. Seguiu-se um artigo no PÚBLICO, intitulado, precisamente, Viagem aos meus genes, que aqui publico à guisa de primeiro capítulo. Mas como o tema não se esgotou aí – até porque a informação que recebo da empresa que fez o teste vai sendo actualizada à medida que surgem novos resultados científicos – decidi criar este blogue: para continuar a contar a história, para relatar pesquisas laterais que não couberam no texto do jornal, para explorar mais a fundo as coisas que descobri – e também, para tornar a aventura mais interactiva. Envie-me os seus comentários e perguntas. Se tiver alguma relação profissional com a área da saúde ou da genética poderá ser relevante referi-la mas, se quiser, pode também enviar comentários anónimos (os comentários são moderados por mim).
As minhas maiores felicitações. Espero que o Público vá aumentando o seu espaço dedicado à ciência, fruto do seu excelente trabalho que já sigo há vários anos.
ResponderEliminarEmbora um pouco fora do tempo vou dar a minha opinião sobre esta questão. A mim parece-me que se está a dar demasiada importância ao genoma e à sua sequenciação. Não quer dizer que não tenha alguma. Mas penso que há elementos mais decisivos no que toca à causa das doenças mais importantes, isto é, as doenças genéticas crónicas e progressivamente degenerativas e causadoras de morte, como o cancro. As mutações genéticas causadoras de doenças crónicas, parece-me são realizadas por vírus do tipo herpes, extremamente pequenos e que penetram facilmente no núcleo da célula, modificando os oncogenes, por exemplo, no sentido de as células se tornarem imortais e dando origem às neoplasias. Normalmente os oncogenes tratam da morte da célula no momento adequado.
ResponderEliminarNo que toca ao genoma estamos ainda numa fase bastante inicial para se poderem tirar conclusões seguras.
Na passagem dos dez anos sobre a sequenciação do genoma li um comentário sobre um artigo publicado no New York Times, lembrando a efeméride, onde se afirmava que se descobriram os signos dum alfabeto, mas desconhecia-se o funcionamento da sua gramática.
De qualquer modo, a Ana merece consideração e estima pela sua postura de curiosidade e de vanguarda ao promover o conhecimento e possível interpretação do seu genoma.
Felicidades