sexta-feira, 16 de março de 2012

O meu “gene da empatia”


Estava eu ontem a ler um artigo sobre a oxitocina – a chamada “hormona do amor” ou “do abraço”. Como aí se falava, em particular, de certas variantes do gene do receptor da oxitocina, OXTR, que se pensam estarem relacionadas com uma maior sociabilidade, empatia em relação aos outros, etc., decidi ver o que é que me tinha calhado na lotaria genética.

(clique no título para ler o texto completo)


Bom, aparentemente, não sou assim tão sociável, nem confiante, nem sensível às emoções dos outros, porque a minha configuração genética no SNP rs53576 do meu genoma é “AG” e que, para ser mesmo boazinha, precisava de lá ter um “GG”.

É verdade que tenho muitas vezes dificuldades em ler as emoções no rosto dos outros – mas não me parece que sou assim tão insensível nem introvertida, nem que tenho assim tão pouca consideração pelos problemas de outrem como parece ser sugerido. Com certeza, tal como como acontece com todos os nossos comportamentos, existe uma componente genética e uma componente cultural e autobiográfica.

A variante A também parece conferir uma maior reactividade (negativa) ao stress. Aí já me revejo mais...

Já agora, foi em 2009 que Sarina Rodrigues e colegas, da Universidade da Califórnia e da Universidade Estadual do Oregon, anunciaram na revista Proceedings of the National Academy of Sciences que tinham identificado um “gene da empatia”. O gene, OXTR, é o receptor que permite que a oxitocina surta os seus diversos efeitos sobre o comportamento social dos humanos. Os cientistas constataram que as pessoas que num ponto desse gene, designado rs53576, a “letra” de ADN podia ser um A ou um G. E que as pessoas que tinham herdado um G de ambos o pai e a mãe tendiam a ser mais “pró-sociais”.

2 comentários:

  1. Cara Ana,

    A propósito dos seus genes e você, convido-a a ler o artigo que este link disponibiliza.
    http://www.nytimes.com/2012/04/03/health/research/dnas-power-to-predict-is-limited-study-finds.html?ref=health

    A questão é que quase 90% das doenças são doenças infeciosas. Logo, não podem ser lidas nos genes.

    Cumprimentos
    Francisco Tavares

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  2. Olá Ana
    Acho bastante interessante o tema da genética, e gostei de ler sobre os seus genes!:) Gostava de saber onde e como poderei analisar os meus!Obrigada
    SReis

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