
O Spittoon, o blogue da 23andme, refere um artigo na
Nature Genetics da autoria de Gloria Petersen, da Mayo Clinic, e colegas, que aponta para vários locais do genoma que poderão estar associados ao risco de desenvolver cancro do pâncreas – talvez o mais letal de todos os cancros.
Randy Pausch (na foto), especialista de informática da Universidade de Carnegie-Mellon, morreu deste cancro há um ano e meio. (Lembram-se da sua célebre e comovedora “Última Palestra”?)
Fui tentar avaliar o meu risco, conforme as instruções expostas no blogue, olhando para três SNP (ou mutações pontuais) do meu genoma: rs9543325 (no cromossoma 13), rs3790844 (no cromossoma 1) e rs401681 (no cromossoma 5).
Os resultados são ambivalentes.
Em rs9543325, a minha configuração genética (CT), corresponde, segundo o estudo da
Nature Genetics, a um risco 1,23 maior de contrair cancro do pâncreas do que se apresentasse a configuração mais comum (TT).
Em rs3790844, sou AG e isso reduz o meu risco (multiplicando o risco médio por 0,75).
E em rs401681 sou CC, ou seja apresento um risco típico – e inferior ao das pessoas que tem a configuração CT ou TT nesse local, e que também poderão ver, segundo estudos anteriores, aumentado o seu risco de melanoma e de cancro colorectal.
Mas mesmo este último SNP, apesar de a minha configuração ser aí aparentemente a melhor possível, é uma faca de dois gumes, uma vez que ter um ou dois C nesta posição já foi associado, também em estudos anteriores, a um risco acrescido de contrair outros cancros: epitelioma basal (um cancro “benigno” da pele –tiraram-me um há um ano); cancro do pulmão, da bexiga, da próstata (que não me diz respeito), do colo do útero e do endométrio (a parede interna do útero).
Chega!
(
Imagem: DR)